Em meio à violência urbana, que já não é um problema apenas das grandes cidades, parece que o conservadorismo (recalque) tem se acentuado na sociedade brasileira. Primeiro foi o escândalo da professora baiana, que, ao dançar o hit “Todo Enfiado”, acabou perdendo o emprego depois de ter caído na net. Agora, toda a atenção está voltada para a aluna do curso de Turismo da Uniban, faculdade de São Bernardo do Campo (SP), que foi à aula com um mini-vestido vermelho e causou reboliço.
Provincianismo, ciúme e inveja devem ter motivado o escândalo da loira da Uniban. No momento em que a mini-saia está na moda, não há como se admitir tamanha reação tal qual houve no campus da referida instituição de ensino. Como ex-estudante do Ensino Superior e docente por um breve período, convivi em sala de aula com situações semelhantes, onde colegas de turma e até mesmo alunas usavam mini-saias e decotes pra lá de provocantes, sem que tenha havido algo semelhante ao episódio da Uniban.
Infelizes aqueles que desferiram palavra maldosas contra a moça, ao que parece descomprometida, sem ter a quem dar satisfação pelo seu modo de trajar. Como diria Vinícius de Moraes: “me perdoem as feias, mas beleza é fundamental”.
A loira da Uniban pode não ser a mulher mais sensual do mundo, mas deve ter lá seus encantos. Tanto é que despertou a ira dos incapacitados para atrair sua atenção e hoje está nas manchetes dos meios de comunicação, brilhando como muitas outras vêm tentando há muito tempo sem sucesso.