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Dia Internacional da Mulher: CUT põe o bloco na rua em defesa da igualdade e o fim da violência

Posted by Armando em 08/03/2011

Nesta terça-feira de Carnaval a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e entidades filiadas levam para as ruas nos principais centros do País as bandeiras pelo fim da violência, pela igualdade de oportunidade para as mulheres na vida, no trabalho e no movimento sindical. Estas atividades visam destacar o Dia Internacional da Mulher, que este ano coincidiu com o feriado de Carnaval.

As principais manifestações neste dia 8 de março ocorrerão em São Paulo, com o desfile do Bloco “Adeus, Amélia”, no Rio de Janeiro, com o Bloco “Maria Vem com as Outras”, e com o Bloco das Margaridas, em Goiás, entre outras atividades previstas para a Semana da Mulher.

CONFIRA A AGENDA DOS BLOCOS

GOIÁS –  8 de março – 15h00
Desfile do Bloco das Margaridas da CUT no Carnaval de Goiânia.

Concentração no Largo do Rosário e desfile pela cidade.

Rio de Janeiro – 8 de março – 17h00
Saída do Bloco Maria Vem com as Outras.

Concentração na Praça Cardeal Câmara – Lapa.

São Paulo – 8 de março – 14h00
Desfile do Bloco Adeus, Amélia!
Concentração no Minhocão.

Segundo dados do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o Brasil ocupa a 80ª posição no ranking da igualdade de oportunidades, de um total de 138 países pesquisados. Apesar de ter o maior contingente no mercado de trabalho, a mulher recebe salários inferiores, mesmo tendo nível de escolaridade superior ao homem. Em função disso, a CUT está em campanha para acabar com essa discriminação e luta pela valorização do salário mínimo.

Segundo a Central, enquanto uma em cada 10 mulheres recebe um salário mínimo, a proporção entre os homens é de um para cada 20. Essa discriminação leva 84,3% das mulheres em idade ativa a não terem qualquer tipo de rendimento ou a ganharem, no máximo, dois salários mínimos no Brasil.

Outra reivindicação a ser destacada nos desfiles dos blocos da CUT desta terça-feira de Carnaval é a ampliação do número de creches públicas e escolas de tempo integral, como forma de assegurar igualdade à mulher. De acordo com as sindicalistas, a falta de creches públicas dificulta o ingresso de muitas mulheres ao mercado de trabalho, impossibilitando que ela tenha autonomia financeira. Atualmente, apenas 11% das crianças na faixa de zero a três anos atendidas por creches públicas no País.

Na avaliação da CUT, é preciso ampliar este índice para que a mulher, bem como o homem, responsáveis pela criação dos seus filhos tenham tempo e condições para trabalhar, estudar e desenvolver outras atividades na sociedade, inclusive no campo sindical e no político, amparados pelo Estado.

Pelo fim da violência e aplicação da Lei Maria da Penha

Os blocos cutistas também levarão para as ruas do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiânia a bandeira pelo fim da violência contra a mulher. A superação deste problema, segundo a ótica da CUT, passa pela edição de Leis e políticas públicas necessárias para assegurar a aplicação da Lei 11.340, a Lei Maria da Penha, fazendo com que os agressores paguem pelos crimes cometidos.

Esta Lei, sancionada há mais de quatro anos pelo então presidente Lula, foi um importante avanço para a proteção da mulher, mas ainda faltam mecanismos para que seus dispositivos sejam aplicados. A resistência vem de todos os lados inclusive do Poder Judiciário. Em janeiro deste ano o STJ (Superior Tribunal de Justiça) tomou um posicionamento que permite a suspensão de processos de acordo com o comportamento dos agressores.

Ao permitir que a Lei não seja aplicada nos casos de violência doméstica e familiar nos quais há um menor potencial ofensivo, o STJ cria brechas para a manutenção do cenário atual, perpetuando a impunidade imposta pela sociedade machista.

Clique no link para ler o Folder da CUT sobre o Dia Internacional da Mulher e as principais demandas apontadas para 2011.

Fonte: CUT.

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