O Comando Nacional dos Bancários iniciará no dia 30 de agosto, em São Paulo, as negociações em torno da Minuta de Reivindicações da categoria com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Na oportunidade serão discutidas questões relacionadas ao emprego e às reivindicações sociais. Estes temas serão debatidos também no dia 31.
Segundo informa o jornal VIDA BANCÁRIA desta semana, informativo produzido pelos Sindicatos de Bancários de Londrina, Apucarana, Arapoti e Cornélio Procópio, o Calendário de Negociações foi definido na segunda-feira (22/08). Novas rodadas nos dias 5 e 6 de setembro abordarão cláusulas de saúde e condições de trabalho e no dia 13 de setembro o debate será sobre remuneração.
A categoria reivindica reajuste salarial de 12,8% (aumento real de 5% mais reposição da inflação, estimada em 7,5%), PLR de três salários mais R$ 4.500,00, piso de acordo com o salário mínimo do Dieese (R$ 2.297,51 em junho) e Plano de Cargos e Salários em todos os bancos. A Minuta também busca mais contratações, fim da rotatividade, reversão das terceirizações e a inclusão bancária sem exclusão e sem precarização dos serviços, entre outros pontos. Veja no link as principais Reivindicações dos Bancários em 2011.
Nesta edição, o VIDA BANCÁRIA traz imagens do lançamento da Campanha Nacional Unificada 2011 na Região Norte do Paraná. Na pág. 2, o jornal relata a Audiência Pública realizada pela Comissão de Tributação e Finanças da Câmara dos deputados no dia 16 de agosto, em Brasília. Na ocasião, o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, afirmou que “o Banco Central funciona como verdadeiro sindicato dos bancos”.
Carlos criticou a forma como as instituições financeiras estão utilizando os chamados correspondentes bancários, como forma de expulsar clientes de baixa renda de suas agências, deturpando o papel para o qual foram criados, com a finalidade de levar serviços para regiões distantes e mais pobres do País. “Os correspondentes estão concentrados hoje nas regiões onde está a população bancarizada, principalmente no Sudeste, funcionando ao lado ou próximo das agências, que é para onde os bancos estão empurrando a clientela de baixa renda em sua estratégia de elitização das agências”, denunciou o sindicalista.
Representante da Fenaban defende os serviços precários
A manutenção dos correspondentes bancários na forma como funcionam atualmente foi defendida na Audiência da Comissão de Tributação e Finanças da Câmara dos deputados pelo representante da Fenaban, Gérson Gomes da Costa. Segundo informou o site da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), ele deixou claro que os bancos não querem que a população de baixa renda utilize agências bancárias.
Gomes da Costa disse: “as pessoas também ganham, porque os correspondentes levam comodidade ao atendimento, que é feito em locais próximos às residências, em horário de atendimento ampliado, em locais onde as pessoas podem frequentar com seus chinelinhos”. Esta declaração gerou protestos dos bancários presentes nas galerias da Câmara e até mesmo dos parlamentares.
A citação “chinelinhos” demonstra muito bem o que pensam os bancos a respeito dos brasileiros com baixo pode aquisitivo. Junto com o BC, eles querem expulsar os pobres de suas agências e limitar o atendimento àqueles que ganham mais e que, portanto, darão maior retorno financeiro para elevar ainda mais seus exorbitantes lucros.
Para ler o VIDA BANCÁRIA desta semana clique nos links abaixo:
Capa
Pág. 2
Pág. 3
Pág. 4
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