
A mobilização das Centrais Sindicais assegurou o reajuste anual da Tabela do Imposto de Renda
O trabalhador brasileiro com carteira assinada que ganhar até R$ 1.710,78 por mês está isento de pagar IR (Imposto de Renda) em 2013, após feita a correção da Tabela da Receita Federal. Anteriormente, a isenção era válida para quem recebia até R$ 1.637,11 mensais.
A correção anual de 4,5% na tabela do IR foi estabelecida em 2011 por meio de uma MP (Medida Provisória) com validade até 2014, após negociação entre o Governo e as Centrais Sindicais.
Quem ganhar de R$ 1.710,79 a R$ 2.563,91 estará enquadrado na alíquota de 7,5%, com parcela a deduzir de R$ 128,31. De R$ 2.563,92 a R$ 3.418,59, a dedução será de R$ 320,60.
Os trabalhadores com ganhos mensais de R$ 3.418,60 a R$ 4.271,59 terão dedução de R$ 577. E para ganhos acima de R$ 4.271,59, a dedução será de R$ 790,58.
Também influenciam no cálculo do salário líquido do trabalhador as deduções da contribuição à Previdência Social e por dependentes.
O desconto por dependente, que era de R$ 164,56, com o reajuste de 4,5% passará a ser de R$ 171,97. As contribuições do empregado ao INSS variam de 8% a 11%, conforme a faixa salarial.
A partir de janeiro de 2013, com o aumento de 9% previsto para o salário mínimo, o valor do teto da Previdência Social subirá de R$ 3.916,20 para R$ 4.268,66 – a parcela máxima, portanto, 11% desse valor, será de R$ 469,55.
A tabela do IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) tem faixas diferentes para assegurar a chamada progressividade ao IR – quem ganha menos não paga ou paga pouco em relação aos salários mais altos.
Veja a nova Tabela

Elaboração: Revista do Brasil
Conquista da mobilização
No período de 1996 a 2002, durante o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, a Tabela do IRRF ficou congelada. Com isso, quando os salários tinham reajuste, parte deste era abocanhada pelo leão.
Isso fez com que a correção da Tabela fosse incorporada às reivindicações das Marchas Nacionais organizadas pelas Centrais Sindicais, que pressionaram o Governo Federal, desde o primeiro mandato de Lula, a abrir processo de negociação visando valorizar o salário mínimo.
Os debates continuaram com a presidenta Dilma Rousseff a partir de março de 2011, culminando com o acordo que estabelece a correção anual da Tabela até 2014. Com isso é reduzida a já pesada carga de impostos e sobra mais dinheiro no bolso do trabalhador para investir em qualidade de vida.
Fonte: Contraf-CUT com UOL e Revista do Brasil
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