Os servidores da Justiça Federal decidiram esta semana manter a Greve, iniciada há dois meses pela implantação do PCS-4 (Plano de Cargos e Salários), após não ter surgido nenhuma proposta que levasse ao fim o movimento na reunião ocorrida no último dia 1º de julho, em Brasília, entre o presidente Lula e o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cezar Peluso.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, relatou à Fenajufe (Federação Nacional dos Servidores do Judiciário Federal), que os presidentes dos dois poderes propuseram a criação de uma comissão para estudar a implementação do PCS, incluindo o parcelamento do reajuste dos salários dos servidores em 2011, sem data para efetivar o pagamento nem conclusão dos estudos.
Esta proposta foi rejeitada em Assembleias dos servidores em todos os Estados nos quais a Greve foi deflagrada. O ministro Bernado disse que não há previsão orçamentária este ano para conceder o reajuste pleiteado. Nova reunião com Paulo Bernardo e a Fenajufe deve ocorrer hoje (7/07), em Brasília, quando espera-se que o Governo acene com avanços nas negociações para dar fim à Greve do Judiciário Federal.
A continuidade do movimento pode comprometer as eleiões gerais deste ano e já complicou a tramitação dos processos nas instâncias da Justiça Trabalhista Federal, com adiamentos em julgamentos e atrasos nos atendimentos aos trabalhadores.