A Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) assina com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) nesta terça-feira (2/10), em São Paulo, a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) 2012/2013. O documento foi aprovado pelas Assembleias realizadas pelos 137 Sindicatos de bancários de todo o País no dia 26 de setembro, depois de uma greve nacional de nove dias.
“A assinatura é um ato de celebração depois de mais uma campanha vitoriosa, em que os bancários deram outra prova de sua capacidade de mobilização e de unidade, fundamentais para a conquista de novos avanços para a categoria, como o aumento real pelo nono ano consecutivo, valorização do piso e PLR maior, além de melhorias na saúde, segurança e igualdade de oportunidades”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, que foi responsável pelas negociações com os bancos.
“Este ano o acordo se reveste de uma simbologia especial, uma vez que estamos completando 20 anos da assinatura da primeira Convenção Coletiva, conquista história dos bancários que é hoje parâmetro para todos os trabalhadores dos outros setores”, acrescenta Carlos Cordeiro.
Aumento real de 2%
A Convenção Coletiva garante reajuste salarial de 7,5%, correspondendo a aumento real de 2%, com valorização ainda maior nos pisos de ingresso, que serão reajustados em 8,5% (ganho real de 2,95%).
Assim, o salário inicial do escriturário, por exemplo, passa de R$ 1.400,00 para R$ 1.519,00. Vale lembrar que o reajuste acaba refletindo também em férias, 13º salário, Fundo de Garantia, entre outras conquistas.
Parte fixa da PLR tem reajuste de 10%
Pela Convenção Coletiva, que é retroativa a 1º de setembro e vigorará até 31 de agosto de 2013, a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) corresponderá a 90% do salário mais o valor fixo de R$ 1.540,00. Dessa forma, o valor fixo foi reajustado em 10% em relação ao ano passado.
A parcela adicional da PLR, que corresponde à distribuição linear de 2% do lucro líquido entre os bancários, também teve o teto reajustado em 10%, passando de até R$ 2.800,00 para até R$ 3.080,00. Esse valor é creditado sem desconto dos programas próprios de remuneração dos bancos.
Vales refeição e alimentação maiores
Da mesma forma que os pisos, os vales refeição e alimentação e a 13ª cesta-alimentação tiveram reajuste de 8,5%. O auxílio creche-babá subiu 7,5%. Veja como ficaram os auxílios:
Avanços sociais
No tema saúde dos trabalhadores, a Convenção Coletiva Nacional dos bancários conterá cláusula garantindo os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica sejam mantidos pelos bancos até que seja regularizada a situação junto ao INSS. Há inúmeros casos em que o trabalhador recebe a alta programada do INSS, mas acaba sendo considerado inapto no exame de retorno ao trabalho realizado pelos bancos, ficando sem benefício do INSS e sem salário.
O acordo com a Fenaban também inclui a implementação de um projeto-piloto para experimentar medidas defendidas pelos bancários e vigilantes para a melhoria da segurança nos bancos, como portas de segurança, biombos entre a fila e os caixas, e divisórias entre os caixas, inclusive os eletrônicos, dentre outras demandas.
Os bancos aceitaram ainda a proposta de realizar um novo censo na categoria para verificar questões como gênero e raça, na perspectiva da igualdade de oportunidades, nos moldes do Mapa da Diversidade, feito em 2008.
Clique nos links para ver detalhes sobre os direitos estabelecidos na CCT 2012/2013 do bancários divulgados pelo Jornal VIDA BANCÁRIA desta semana.
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Fonte: Contraf-CUT